terça-feira, maio 24, 2005

November's Doom - Swallowed By the Moon

I'm sorry you will never know me,
But know I always loved you.

Will you remember when I kept you safe?
Will you remember when I made you smile?
Once again the daylight fades, and I'm swallowed by the moon
Will tomorrow bring a new day of hope?
Will this experience fill you with rage?

The enemy time, knocks at my home
I can no longer hide
Please forgive me, I never meant to leave
But know that I had you as my final thought

Will you remember when I held you tight?
Will you remember the sound of my voice?
Once again the daylight fades, and I'm swallowed by the moon
Will this experience scar your fragile mind?
Will you remember when we would both laugh?

Memories is all that you have
And I'm sorry I failed you in life
I wanted more for you then I could provide
Be strong and make your mother proud

Don't cry... The tears in your eyes
My time... To say my goodbyes
Heaven waits... My soul to arise
Torture, torture... My pain finally dies

Will you remember that I tried my best?
Will you remember the father I was?
Once again the daylight fades, and I'm swallowed by the moon
Will you look back and smile for me?
Will you remember me when I have gone?

Memories is all that you have
And I'm sorry I failed you in life
I wanted more for you then I could provideBe strong and make your mother proud

quarta-feira, maio 18, 2005

dança

instrumentalidades de uma mente convulsa
serenata dancante
coro de pássaros grasnantes
prenuncios de uma ascenção nunca acontecida
e de uma queda já realizada

e dançamos
pela noite
em círculos
e vergamo-nos e tudo
(e não nos apercebemos que nos chiocoteiam as costas)

a musica torna-se infernal
e continuamos a não ser nós
mas uma figura de nós mesmos
que não o pode ser
se não na dança
(e nossa pele abre em ferida sob o chicote)

e nossos tímpanos vibram
partilhamos um beijo sangrento
em que nos tornamos
comuns
e dançamos
ao som da musica
que acaba
(e colapsamos finalmente sobre o chicote)

Pain of salvation - Iter Impius

I woke up today
Expecting to find all that I sought
And climb the mountains of the life I bought
Finally I'm at the top of every hierarchy
Unfortunately there is no one left
But me

I woke up today
To a world that's ground to dust, dirt and stone
I'm the king upon this withering throne
I ruled every forest, every mountain, every sea
Now there're but ruins left to rule for me
And... you see, it beckons me;
Life turned its back on us How could you just agree?
...how? I just don't see...

I woke up today
To a world devoid of forests and trees
Drained of every ocean, every sea
Just like a useless brick upon the shore
The morning after the storm
That swept the bridge away
Relentless tide
No anger Just this relentless time
That calls us all on
But...

I'm never crossing that line
Leaving this world behind
I will stay on my own
On this bloodstained throne
I rule the ruins and wrecks
And the dust, dirt and stone
I rule rage rod and rattling of bones

I am on my own
I am all alone
Everything is gone
Stuck forever here
Already cold

I'm never crossing that line
Leaving this world behind
I will stay on my own
On this bloodstained throne...
I'm never crossing that line
Leaving this world behind
I will stay on my own
On this bloodstained throne
I rule the ruins and wrecks
And the dirt and the dust and the stone
I'm the ruler of rage rod and rust
And the rattling of bones

Ruler of ruin
I rule the ruins

terça-feira, maio 17, 2005

lágrima

não caias lágrima teimosa
permanece aí
na tua toca
onde mereces ficar
até novas ordens

por favor
obedece-me
mesmo que seja contra o destino e deus
fica onde estás
e não te movas

não percorras o caminho
que leva a minha boca

não quero sentir teu salgado sabor
e desejar por mais
não agora
não assim
NÃO NUNCA!

viva

Vivam os bailes de máscaras
onde ninguém é o que é
e todo são aquilo que querem ser
aos olhos dos outros

Viva os dias de festa
onde todos celebramos e choramos
sem razão para o fazer
(embora o façamos e sejamos felizes assim)

Vivam as multidões
que nos fazem sentir mais sós ainda
que nos fazem aperceber da nossa insignificância

Viva a autocomiseração
VIVA!

Vivam as musas que nos rasgam as veias
e nos deixam
qual xamãs inebriados
a espera de uma nova dose
de loucura ou de dor

VIVAM!

à doce inconstância da sociedade hedónica
à maravilhosa persistência do consumismo frenético
à eterna despreocupação e atraso
ergo o meu copo
e entoo de pulmões cheios
o mais alto que posso
um sonoro

VIVA!

segunda-feira, maio 16, 2005

Atribulações de uma noite

O ultimo fôlego antes do sono:

Há beleza na escuridão
enquanto nos envolve terna e carinhosa
(há escuridão em ti também?)
fecho os olhos da mente
e por um breve momento
indefinível
estamos em perfeita comunhão
a escuridão e eu
e solto o ultimo fôlego

Sono profundo:

Ah! doce inconsciência
eterna melodia de silêncio que tanges
na tua harpa sem cordas
na tua harpa sem harpa
que não tanges.

Como te venero
oh escuridão anulante
cavalo negro galopante
para um abismo.

Sono com sonhos:

Cai!
O ginete morto flutua breves segundos e mergulha na luz
cai!
a uma velocidade estonteante
cai! cai! cai! cai!
sempre a queda vertiginosa, como um electrocardiograma descendente
CAI!
sem nunca atingir o final, uma espectacular queda
Cai!
o sangue da veia aberta, a lágrima o olho inchado, o grito da garganta dorida
SAI!
E RODA E TORCE-SE DENTRO DE MIM O DESEJO DE ACORDAR
DE ME ESPALHAR FINALMENTE NO FIM DAQUELE TÚNEL
TORNAR-ME PÓ E PEDAÇOS E COISAS.
DE DEIXAR DE SER NAQUELE SONHO
AQUI
ONDE QUER QUE ESTEJA

e...

Primeiro fôlego depois de acordar:

Asmático
sufocante
o grito que me esforço para conter
enquanto me sento fetal
e relembro
as veias que gritam para se abrir
os olhos que tentam derramar
as ideias que fluem

PAREM!

DEIXEM-ME DORMIR EM PAZ

por favor...

Ultimo fôlego antes da morte:

....
finalmente vieste
....
anseamos
rasgamos as páginas dos poemas de amor
queimamos nossas peles no intenso fulgor
de mil sois
e rimos
perante as cinzas do nosso próprio corpo
e somos
nesse momento
incomensuravelmente patéticos
patéticamente patéticos
e sorrimos

talvez assim
nesta sorridente queda
nesta descida vertiginosa
haja virtude

talvez nestas negociatas
nocturnas
iluminadas apenas pelo luar
e pelo fogo
haja esperança
haja vida
haja morte
e seja enfim tudo uno

mas sonhar é iludir-me
e iludir-me é pensar
nas hipoteses
no que é. mo que foi, no que poderá e/ou poderia ser

o ponto de interrogação brilha
com escárnio e replandescente
nos fogos eternos da minha mente
e ardo
e consumo-me
e dou-me de beber e de comer
e permaneço inteiro
deixando de o ser

a amaranth

Doce,
o sussurro da brisa
que desliza pelos campos eternos
onde cresce
a amaranth

Bela,
a mítica flor
eternamente florida
qual fénix renascida
mais eterna que o tempo

Ternas,
as guardiãs do tesouro que cobiço
a bela amaranth
salto, rastejo, escondo-me
tento iludir a sua presença
mas é impossível

Rápidas,
desaparecem
levam consigo a amaranth
que tanto anseio tocar
que tanto que agarrar e pressionar contra o meu peito

Etéreas
desvanecem
levam consigo a amaranth
que tanto receio tocar
com medo que se desfaça nas minhas mãos brutas

Breve,
o momento de contemplação
daquele local agora vazio
onde jaz num buraco
um nova semente
a germinar daqui a mil anos

Longa,
a caminhada que se avizinha
procurando o novo repouso
da eterna amaranth

Sincero,
o sorriso nos meus lábios
a minha face enquanto me levanto
e caminho novamente
em direcção ao horizonte perdido
às guardiãs
e à bela amaranth
cuja beleza me chama
como canto de sereia

(e quem sou eu, mero mortal para lhe resistir?)

segunda-feira, maio 02, 2005

arte

musica minimalista de pianos e violinos
de melodias circulares
harpas divinais e mundanas
vozes que ecoam da alma e não da garganta
corpos que jazem e dançam suaves
deslizam silenciosos pelo chão
saltam e ondulam
suas formas serpentinas

rasgar as asas dos anjos
e atá-las as costas
para um ultimo e suicídio
na esperança irreal
de voar

fotografar o horizonte perdido
captar qual lucífugo excitado
o primeiro raio de luar

moldar a espiral
tornar perfeito o ser
e ser assim
perfeito

nada disto é arte
talvez nada seja arte
no verdadeiro sentido da palavra
arte é sentir
e não apenas viver
é ter fome insaciável de infinitos e de sangue
talvez

distância

talvez exista dentro de nós
(todos)
uma distância maior
que o raio do universo

talvez deus e o diabo sejam
não mais que mitos e vivam aqui
em mim (no espaço) em todos

talvez todas as duvidas (não) farão
sentido nenhum e apenas deixemos de ser
(vazios...)

a palavra mais cruel do mundo
talvez
deixe de existir
e fiquemo só
com as frias crueis certezas
de um mundo insano e acolhedor

provavelmente ainda escreverei muito sobre isto
certamente repetirei muito mais vezes as palavras que tanto odeio
(in)dubitavelmente há a distância entre o ser, o ter, o querer e o poder
a distância de tudo
a distância de nós
(todos)

mais uma vez

Recupero os sentidos e a primeira coisa que me apercebo é do som
não da sua presença
mas da sua extrema ausência
como se o silencio fosse por si só
um som
por direito próprio.

Ergo-me
Estava deitado talvez em relva
(sinto um cheiro a erva molhada)
e abro os olhos

finalmente contemplo o que me rodeia
e fico sem saber onde estou
como estou
porque estou
apenas sei k n vejo mais nada
para alem da planicie verdejante até ao horizonte
distante

grito, quebrando o silêncio e o meu grio soa rude
não há eco
o som morre rapidamente
e queda silente
na planicie sem fim

caminho
entre a relva perene
circulos dentro de círculos dentro de círculos
e não saio do sitio
embora percorra o universo

já deixei de falar a algum tempo
já deixei de tentar ouvir (embora vozes incómodas me falem na mente)
apenas quero percorrer (nem que seja eternamente)
aquela planicie silente
onde sou apenas eu
Counters
elearning