segunda-feira, maio 16, 2005

a amaranth

Doce,
o sussurro da brisa
que desliza pelos campos eternos
onde cresce
a amaranth

Bela,
a mítica flor
eternamente florida
qual fénix renascida
mais eterna que o tempo

Ternas,
as guardiãs do tesouro que cobiço
a bela amaranth
salto, rastejo, escondo-me
tento iludir a sua presença
mas é impossível

Rápidas,
desaparecem
levam consigo a amaranth
que tanto anseio tocar
que tanto que agarrar e pressionar contra o meu peito

Etéreas
desvanecem
levam consigo a amaranth
que tanto receio tocar
com medo que se desfaça nas minhas mãos brutas

Breve,
o momento de contemplação
daquele local agora vazio
onde jaz num buraco
um nova semente
a germinar daqui a mil anos

Longa,
a caminhada que se avizinha
procurando o novo repouso
da eterna amaranth

Sincero,
o sorriso nos meus lábios
a minha face enquanto me levanto
e caminho novamente
em direcção ao horizonte perdido
às guardiãs
e à bela amaranth
cuja beleza me chama
como canto de sereia

(e quem sou eu, mero mortal para lhe resistir?)
Counters
elearning