domingo, setembro 12, 2004

o quarto

Eu sou o quarto. Não sou nem serei o último. Nem sequer sou o primeiro.
Eu sou a chama. Sou a fagulha. Sou o átomo e a molécula.
Sou infinitamente grande e pequeno simultaneamente
Sou uma ordenada amálgama caótica a que damos o nome genérico de Homo Sapiens.

Eu sou o conhecimento e a ignorância…
Só sei que nada sei pois apenas não sabendo nada temos coisas para aprender

Sou o dissecador de mundos e de sentimentos
Sou o princípio e o fim sem passar pelo meio

Ciência
Ausência de Aleatoriamente
Causa e efeito

Tudo tem sentido
Tudo existe para um determinado fim
Tudo vive para cumprir A tarefa

Tudo tem propósito
Navegador atómico da descoberta
Passagem
Do mito a realidade

Descodificar
O código
A trança
A dança
Molecular
Ilude
Confunde
Esconde
Segredos

Aqui estou… pesquisador do desconhecido, contemplador do infinito, observador extemporâneo das estrelas moribundas…

Aqui estou

Vida

Tanto ódio e tanto sofrimento sem sentido.
Tanta coisa fruto de frustações.
Como tenho pena de vós companheiros que habitais num mundo de trevas enquanto eu vivo cercado de luz.
O mundo não é tão negro como vocês afirmam… não é tão fútil
Existem razões para viver…
Tantos sentimentos… tantas coisas boas

O amor. Como podem querer que desapareça o amor? A coisa mais importante do mundo a força motora que nos guia em momentos difíceis e que funciona com uma luz no fundo do túnel?
Querem uma coisa mais terrena pela qual vale a pena viver? Que tal o voo de uma ave? Ou o trajecto de um raio de sol? Ou até do sopro do vento.

Nós somos unos com a terra. A nossa mãe gaia que nos alimenta e nutre sempre no seu útero… Não é verdade que todos os bebés dão pontapés? Também nós dentro do nosso ventre maltratamos a nossa mãe mas ela compreende que nós não sabemos o que fazemos.

Temos todas as razões para viver… para provar que merecemos cá estar e colher o fruto do ventre materno… Podemos amar, podemos acariciar, podemos ser felizes mesmo na infelicidade com um mero toque, um gesto, uma carícia, mesmo que esta tarde em aparecer. Existe tanto amor, tantos sentimentos positivos que não podemos deixar de evitar ser tocados por eles. Apenas temos que ter o espírito aberto e pronto a acolher nova ideias.

Tudo faz sentido com o tempo. O mundo está cheio de sentidos para a vida. Apenas há que encontrar o vosso. Ser finalmente feliz mesmo na simplicidade. Mesmo na infelicidade.

Pensem em tudo o que fizeram por vós e em tudo que vocês fizeram pelas outras pessoas e pensem se não será essa a melhor das recompensas posíveis.

A vida tem sentido
A vida É.

Ódio

O ódio corre nas minhas veias qual doce mel. Alimenta-me… nutre-me dá-me forças…

O que odeio perguntam vocês….
O que odeio?

Odeio tudo
Com todas as forças do meu ser
Tudo o que existe e não existe
Odeio-me a mim e odeio o que eu amo

Odeio Deus, Jesus Cristo, Alah, Buda, Lúcifer… todos os falsos ídolos e todas as falsas profecias
Tivesse eu poder….
Libertaria a humanidade do jugo destas pérfidas criaturas destes ignóbeis desejos de superioridade criados por profetas loucos…

Em redor do trono dos deuses colocaria lanças do tamanho do mundo onde espetaria as suas cabeças pútridas como um aviso…
Em seu lugar sentar-se-ia não uma pessoa, não uma ideia mas uma colmeia….

A humanidade…

A humanidade seria o seu próprio deus… a sua própria vontade, a sua própria vida… a humanidade viveria para si própria voltada para o seu próprio umbigo e não se importando com seres divinos…

Mas há ainda outro problema. As pessoas que usam como desculpa outra coisa qualquer superior a humanidade… algo que não sabem denominar ou que escolhem não o fazer. Pessoas que escolhem como deus conceitos tão ridículos como o amor, a amizade, a rotina, o trabalho, a família…
Essas coisas não existem. A humanidade é como um animal, um animal grande e possante que pensa que consegue pensar e que, no entanto, nada mais é que um animal como todos os outros e deveria comportar-se como tal, deixando essas vagas percepções de inteligência para trás.

O homem é tão inteligente que mata milhares de pessoas por dia.
O homem é tão inteligente que luta por um punhado de terra até a morte
O homem é tão inteligente que mata e morre por amor
O homem é tão inteligente que é um idiota chapado

Há que remover os cancros da humanidade… os cancros dos sentimentos tanto bons como maus… todos os sentimentos aniquilados

Não pode haver amor sem ódio e da mesma maneira se não houver amor não há ódio

Removido o cancro talvez pudéssemos crescer… talvez pudéssemos transcender e talvez eu pudesse deixar de odiar…

Quem sabe? Nunca fui muito de acreditar em contos de fadas

Dissertação sobre a vida

Estou agora a ouvir My Dying Bride a pensar quão miserável é o mundo. Que razão temos nós para viver nele? A que nos devemos agarrar?

A ideias fúteis com as quais muitas vezes não nos identificamos?

A pessoas? Esses seres ridículos que se tornam pó com o passar dos tempos? Que trabalham apenas para acumular coisas e depois morrer?

A sentimentos? Algo tão inconstante que pode mudar ao mínimo gesto ou acção?

Não há nada neste mundo que valha a pena viver. Nada mesmo…
Existem pessoas que irão dizer que por amor vale a pena viver ou que vale a pena sacrificar a vida por uma causa mas essas pessoas não pensam… não conseguem mentalizar-se da sua existência fútil e encontram as desculpas mais mirabolantes para tentarem dar algum significado à sua vida…

Essas pessoas agora estão mortas
Já nasceram mortas
Não há esperança
Não há salvação
Não há nada para além da dor e do sofrimento neste mundo
E nós, seres supostamente inteligente encontramos assim a nossa maldição… a nossa condição inalterável de fantoches nas mãos de qualquer desígnio superior (talvez sim, talvez não) ou apenas de puro e aleatório choque molecular.

Porque nós?
Porquê eu?
Porque?

Este blog, como já foi referido trata de três indivíduos... aqui os apresento em praça pública


O meu nome é irrelevante, sou o lado negro dos seres humanos, sou aquela luz negra que se espalha por todo o corpo e corrompe a alma até ao âmago...

Eu sou a morte, eu sou a escuridão eu sou a podridão e tudo o que estas coisas acarretam, eu sou o ódio e eu sou eterno....


O meu nome está esquecido nos tempos nem eu o sei... nem o quero saber... o que me importa ou interessa um título que me foi dado por alguém que não eu?

Eu sou o desespero... eu sou a perdição eu sou tudo o que é triste e deprimente... eu sou todas as lágrimas. Sou a ferida que nunca sara... aquela pela qual o sangue da angústia jorra sempre... infelizmente sou interminável... sou um ciclo perpétuo de miserável existência



O meu nome é aquele que sai da boca das pessoas quando sorriem... eu sou a alegria eu sou a água que escorre pelas pedras em perfeita sincronia com os desígnios da terra mãe. Eu sou a beleza das coisas e sou verdadeiramente feliz assim. Sou aquilo que sou porque não posso ser outra coisa. Eu sou eu e não há mais a dizer


Serão estes três que se irão manifestar neste blog... a minha real presença será ocultada a não ser para fins explicativos... até mais ver

sábado, setembro 11, 2004

bem vindos

bem vindos a este novo blog que acabei de criar... estou a dar os meus primeiros passos na blogação por isso é provavel que não seja muito bom... espero poder revelar aqui os meus pensamentos mais schizo e sinistros...os mais tristes e depressivos... os mais alegres e divertidos...

alfa...
delta...
omega...

principio
meio
fim

3 unidades indivisiveis e irreais e no entanto presentes e separadas
3 individuos que fomemtam o meu ser sem no entanto o ser

espero que gostem
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