saudades...
abraça-me musa
agora que a tempestadade da carne
se aproxima
teu calor sempre tão
perfeito
é para mim doce útero materno
protector e inóspito
onde o teu coração bate
nos meus ouvidos
incitando-me à loucura
enquanto bombeias o fluido vital
esse sangue que chega aos meus lábios
sujo
de tuas veias abertas
quer recolhem as imundezas do mundo
como esse idolo uma vez crucificado
Vem
Agarra-me com os braços
de homicida
fraticida
e acaricia-me a fronte
marcada pelo diadema do infortúnio
e protege-me da tempestade que se aproxima
No mar gritam as ondas
o vento ruge
as asas dos peixes voadores
aspirantes divinos aos céus
rasgam-se em mil fragmentos
e tornam-se novamente peixes
normais
peixes
coitados
no mar
Caminha comigo musa
sobre estas ondas
sobre estas asas rasgadas
destes seres maiores que qualquer anjo
milagrosa revelação
Deita-te comigo
na espuma da onda
remove-te de tudo e deixa-te entrar
deixa-me entrar
em ti
e gemendo de prazer
daremos vida a uma nova geração
de loucos com asas
de loucos sem asas
de loucos sãos
como anti-clones das massas amorfas
loucos que estendem a mão e agarram o sol sem medo
loucos que apesar de carbonizados voam em asas de cinzas
Foge musa
já que a tua criação te escapa ao controlo
e as tuas rédias se tornam curtas
nua por esses campos de ondas verdes fora
como se de relva se tratasse
e deixa-me com os fragmentos criar umas asas
para tentar eu voar sobre estas ondas
que estou cansado de andar
Afinal
fazer estes milagres custa
Adeus
a ti e aos teus lábios rubros
a ti e ao teu ventre inchado
a ti e à tua beleza irresistível
a ti e à existencia de ti
doce musa
doce loucura
doce tu
agora que a tempestadade da carne
se aproxima
teu calor sempre tão
perfeito
é para mim doce útero materno
protector e inóspito
onde o teu coração bate
nos meus ouvidos
incitando-me à loucura
enquanto bombeias o fluido vital
esse sangue que chega aos meus lábios
sujo
de tuas veias abertas
quer recolhem as imundezas do mundo
como esse idolo uma vez crucificado
Vem
Agarra-me com os braços
de homicida
fraticida
e acaricia-me a fronte
marcada pelo diadema do infortúnio
e protege-me da tempestade que se aproxima
No mar gritam as ondas
o vento ruge
as asas dos peixes voadores
aspirantes divinos aos céus
rasgam-se em mil fragmentos
e tornam-se novamente peixes
normais
peixes
coitados
no mar
Caminha comigo musa
sobre estas ondas
sobre estas asas rasgadas
destes seres maiores que qualquer anjo
milagrosa revelação
Deita-te comigo
na espuma da onda
remove-te de tudo e deixa-te entrar
deixa-me entrar
em ti
e gemendo de prazer
daremos vida a uma nova geração
de loucos com asas
de loucos sem asas
de loucos sãos
como anti-clones das massas amorfas
loucos que estendem a mão e agarram o sol sem medo
loucos que apesar de carbonizados voam em asas de cinzas
Foge musa
já que a tua criação te escapa ao controlo
e as tuas rédias se tornam curtas
nua por esses campos de ondas verdes fora
como se de relva se tratasse
e deixa-me com os fragmentos criar umas asas
para tentar eu voar sobre estas ondas
que estou cansado de andar
Afinal
fazer estes milagres custa
Adeus
a ti e aos teus lábios rubros
a ti e ao teu ventre inchado
a ti e à tua beleza irresistível
a ti e à existencia de ti
doce musa
doce loucura
doce tu
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