domingo, agosto 13, 2006

mais uma flor na grinalda do homem morto

as palavras não querem sair
apesar de sentir

por isso não escrevo
não com a mente
e deixo simplesmente deslizar os dedos
na esperança de que as palavras se formem
e expliquem este inexplicavel sentimento de solidão
como um drogado que espera pela proxima dose
enquanto é esmagado pelo som
pelo barulho das rodas dos motores
do corpo
da cidade
que roda sobre a a volta dele
que roda também em pânico
até cair
e abrir no chão a cabeça
e acordar no dia seguinte igual
ou então ressacado
e
com um suspiro humilde
levantar-se
e percorrer novamente as ruas


não é algo bonito de se ver
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