sexta-feira, dezembro 10, 2004

Farol

Possante estrutura consumada
Qual torre de babel
De humana criação
Para chegar a esse céu terreno
Esse céu verdadeiro cheio de certezas
E não das falsidades
Do eterno e irreal paraíso
Que afirmais existir

Terreno, na sua posição precária a alta torre
Ilumina a noite
Espalha sua profana luz pelo santo véu nocturno
Penetrando cada vez mais fundo
Lutando a cada instante contra os poderes eternos
Da escuridão

Ah
Quando Oceanus revoltado
Se ergue e combate
Semelhante ofensa humana
A torre que habita seu domínio
Vejam os dois lutar
Um furioso, o outro firme, estóico
Imovível

Combatem os titãs
Com fúria tremenda e inaplacável
Ou será que se contorcem numa sinfonia de amor
Interminável?
Roçando um no outro
Qual amantes enamorados
Sequiosos de amor
De sentir o toque um do outro?

Luta nobre farol
Contra as forças do elemento
O ar maldito
Trovões
Ventos
Tempestades
Tudo

Eterno pilar de força que lutas
Contra as três forças do mundo
Ar; Noite; Água
Sem nunca vacilar
Sem nunca derramar uma lágrima de pesar
Por tão importante tarefa
A de simplesmente ser
Sem o ser na verdade

Sê tu meu guia
Inexistente criação humana
Força sublimada
Imortal nobreza no teu porte
Indolor

Ilumina a escuridão em mim com tua luz ofuscante
Aplaca o mar revolto dentro de mim
Resiste a tempestade do ódio

Livre
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