quinta-feira, novembro 25, 2004

lua

Como posso dizer que te odeio
Quando não sinto ódio no meu coração
Como posso dizer que não te adoro
Se não sinto senão amor no meu coração

(é nestas alturas que se dizem coisas estúpidas
e sem sentido como “eu amo-te”)

podia pedir desculpa pela minha estupidez
mas estou farto de desculpas
estou farto de ser aquilo que não sou
tu
sem saberes (sem quereres?)
revelaste-me as minhas fraquezas
expuseste a minha alma
nua à lua cheia
para todos verem
quão imperfeito sou

Oh! lua que viajas
Na tua celeste morada
Sê tu a minha guia
A luz de uma alma que já perdeu
Tudo o que tinha a perder

(será que a amizade se perdeu?
Aqueles abraços amigáveis que aquecem
Por dentro e por fora
Aquelas palavras doces trocadas na brincadeira
Será que tudo isso acabou?)

Como me dói
Adorar-te
Como dói
SerE querer não o ser
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