sexta-feira, dezembro 10, 2004

Escrevo

Escrevo
Escrevo sempre
Como um poeta viciado
Que não o é
(poeta)

escrevo
mesmo que arruine a minha vida
mesmo que ninguém compreende o que digo
escrevo
porque o faço?
Porque tento tornar a minha vida
Mais interessante
Escrevendo freneticamente
Batendo nas teclas do computador
Com força de um deus irado
Palavras de dor consumadas
Na força de uma frase

Porque continuo eu
Qual sísifo condenado
A repetir as mesma acções
Os mesmos erros
As mesmas dores
Infinitas vezes?

Tormento divino
Auto ou hetero infligido?
Sádica ou masoquista vontade
De escrever para sempre
Estas palavras que são o sangue da minha alma
Para que continuo?
Para que vivo?
Para que sou?
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