quarta-feira, março 23, 2005

tentativas frustradas

a noite
quando o alcool bate
e a realidade desvanece
procurei esquecer-te
mas desapareceram também
as minhas defesas
e a tua memória queimou
mais forte do que nunca

de dia
tento afogar-te
num mar de ódio
e não te consigo odiar
porque talvez seja incapaz de odiar seja quem for

as vezes procuro esquecer-te
tentando transferir para outras
o que sinto agora
mas elas empalidecem
perante a minha loucura
e a tua beleza. São a tua antítese.

Por vezes esqueço
no silencioso mundo
dos números frios racionais e perfeitos
e já não anseio pelo fim do mundo
mas por uma resolução simples
a um problema complexo
com demasiadas variáveis
que são impossiveis de controlar

todos ardemos
uns por umas coisas
outros por outras
eu ardo por 4 distintas

impotencia
amor
luxúria
loucura

nenhuma das 4 consigo controlar
(algo que tu pareces fazer tão bem e tão facilmente)
e a chama arde
não sou uma fénix.
Eventualmente apenas cinzas restarão.
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