quinta-feira, junho 16, 2005

escrevo
não por inspiração
não pelo doce susurro das musas mortas
mas por raiva
por um incomensuravel sentimento de solidão
se move minha trémula mão

luto enraivecido contra o sono
que teima em lutar
(estou a tentar tornar a sua vitória pírrica)
contra mim

regressei a este pouso de (des)conforto
a este confessionário aberto mais uma vez
triste

raivoso

e escrevo palavras que noutras situações
poderiam passar por palavras
de amor

tremo perante esta palavra que escrevi
e perante o aumento da irrealidade do seu significado a cada momento
que passa
aqui
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