. (dedicação completa a ti)
amor
das 1001 maneiras de morrer, a mais dolorosa e idiota. mas tão doce esta morte que me passa pelos lábios em refluxos de vómito juntamente com o sangue que quero expulsar.
e engulo novamente a enxurrada,
sou novamente unido com a viral infecção
e morro outra vez
sufocado no meu próprio vómito
na minha autocomiseração
no meu amor pela dor de amar
porque escrevo em cicatrizes na pele e nos órgãos palavras de ordem que nunca cumpro?
porque corta fundo o bisturi sem nunca matar definitivamente?
apontem aqui,
para a cabeça
para o coração
(pode ser que resulte não sei)
e disparem
porque vejo a tua cara em cada rosto
mesmo nos falsos do cinema
inalcançáveis, frios e irreais
disparem já disse
esfaqueiem-me
deixem meu sangue jorrar para o papel
para com ele escrever as minhas derradeiras palavras
quão doce e serena seria
nas garras de uma coisa antecipada
a minha escrita
final
dedicando a todos
todas
um coração apunhalado num corpo esventrado
perfurado mil vezes pelas agulhas
que trazem a nova dose
de todas estas sensações
as pessoas
e a realidade
são todos como traficantes
aos quais pago miseravelmente
um preço que não tem interesse
mas lhes parece agradar
a minha mente de penhor
por uma dose mais
de emoções
sufocante
a vibração estranha do amor
mortificante
o calor inócuo da felicidade
agonizante
a eterna presença da tua ausência
infelizmente, não posso ir contra isto
nada posso fazer senão esquecer
e deixar a memória
desaparecer
talvez
do que havia antes
encontrar o vazio agora cheio
mas não para mim
sou como que um nada, um vazio, e é a luta de todos os nadas tornarem-se algo (sim, porque no fim, algo tem de restar). tudo é sugado, e eu, no fim continuo vazio.
dinheiro, poder, saúde, felicidade, nada disso interessa
tudo arde no dia do juízo final.
até as memórias
desaparecem
porque continuo então a vomitar sangue
porque continuo a ver a tua cara
porque continuo heroinómano de sensações sufocantes
porquê?
/me shoots himself
I wished it just was THAT easy
a dor de ficar vivo
aqui
é muito maior
gostaria de poder esquecer mas não consigo perdoar talvez te deteste talvez te ame mas não consigo perdoar a minha existência comparada com a tua
perdoar-te é perdoar-me e eu não me quero perdoar, perdoa-me tu... perdão, perda uma desculpa (mais uma) que cai sobre ti (se fores esperta cagas para isto como para a inconsciente memória) por minha culpa.
talvez isto não faça sentido, não quero que o faça, já só escrevo por pura pornográfica confissão.
Leiam e masturbem-se (aqueles que não são tu)
eu vou dormir
espero que quando acordar outra vez
seja no inferno
(não) voltar a ver-te seria um inferno
das 1001 maneiras de morrer, a mais dolorosa e idiota. mas tão doce esta morte que me passa pelos lábios em refluxos de vómito juntamente com o sangue que quero expulsar.
e engulo novamente a enxurrada,
sou novamente unido com a viral infecção
e morro outra vez
sufocado no meu próprio vómito
na minha autocomiseração
no meu amor pela dor de amar
porque escrevo em cicatrizes na pele e nos órgãos palavras de ordem que nunca cumpro?
porque corta fundo o bisturi sem nunca matar definitivamente?
apontem aqui,
para a cabeça
para o coração
(pode ser que resulte não sei)
e disparem
porque vejo a tua cara em cada rosto
mesmo nos falsos do cinema
inalcançáveis, frios e irreais
disparem já disse
esfaqueiem-me
deixem meu sangue jorrar para o papel
para com ele escrever as minhas derradeiras palavras
quão doce e serena seria
nas garras de uma coisa antecipada
a minha escrita
final
dedicando a todos
todas
um coração apunhalado num corpo esventrado
perfurado mil vezes pelas agulhas
que trazem a nova dose
de todas estas sensações
as pessoas
e a realidade
são todos como traficantes
aos quais pago miseravelmente
um preço que não tem interesse
mas lhes parece agradar
a minha mente de penhor
por uma dose mais
de emoções
sufocante
a vibração estranha do amor
mortificante
o calor inócuo da felicidade
agonizante
a eterna presença da tua ausência
infelizmente, não posso ir contra isto
nada posso fazer senão esquecer
e deixar a memória
desaparecer
talvez
do que havia antes
encontrar o vazio agora cheio
mas não para mim
sou como que um nada, um vazio, e é a luta de todos os nadas tornarem-se algo (sim, porque no fim, algo tem de restar). tudo é sugado, e eu, no fim continuo vazio.
dinheiro, poder, saúde, felicidade, nada disso interessa
tudo arde no dia do juízo final.
até as memórias
desaparecem
porque continuo então a vomitar sangue
porque continuo a ver a tua cara
porque continuo heroinómano de sensações sufocantes
porquê?
/me shoots himself
I wished it just was THAT easy
a dor de ficar vivo
aqui
é muito maior
gostaria de poder esquecer mas não consigo perdoar talvez te deteste talvez te ame mas não consigo perdoar a minha existência comparada com a tua
perdoar-te é perdoar-me e eu não me quero perdoar, perdoa-me tu... perdão, perda uma desculpa (mais uma) que cai sobre ti (se fores esperta cagas para isto como para a inconsciente memória) por minha culpa.
talvez isto não faça sentido, não quero que o faça, já só escrevo por pura pornográfica confissão.
Leiam e masturbem-se (aqueles que não são tu)
eu vou dormir
espero que quando acordar outra vez
seja no inferno
(não) voltar a ver-te seria um inferno
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