a cidade a noite
há alguns que vêm na cidade um monstro carnívoro devorador.
eu não.
vejo na cidade algo transcendente.
a noite
sentado
no topo de um monte
com vista para a cidade
uma noite de lua cheia
redonda
completa
perfeita
ca em baixo
as luzes da metrópole
pintam um dourado belo
nos altos prédio
que parecem bradar aos céus
e um desejo de pintar invade o meu ser
mas minhas mão não foram feitas
para segurar um pincel
mas sim a crude ferramenta de uma caneta
por isso escrevo
as luzes
da lua
emprestada
das lâmpadas
roubada
em união
(ou competição?)
por um lugar
no espaço discutido entre o céu e a terra
a cidade não dorme ainda
carros passam, pessoas movem-se
silenciosas
com medo de mim
que olho fixamente para a lua
e aquela paisagem melancólica
da qual eu sou fruto
profana união
cores de uma lua monocromática
calma de uma cidade intranquila
sons de uma lua silenciosa
e a luz das duas, numa mistura
qual palete de artista
de branco e amarelo
um quadro de mil tons
da mesma cor
e o negro do céu
estrelado
uma estrela por cada habitante
um reflexo uma da outra
uma na outra
como se uma fina película de água
as separasse
e elas tentassem recuperar o contacto
e tocar-se outra vez
em carinhosa união
transcendental
e eu
eixo de simetria
ali entre as duas
captando a luz dos dois espectros
nocturnos e citadinos
na beleza da noite
a cidade não é mais carnívora
mas uma besta amansada
que descansa
mais uma vez
mais uma noite
meus progenitores
apenas aqui
nestas luzes
neste santuário
me sinto em paz
em quieta admiração
e uma vaga melancolia
rezo a um deus inexistente
por uma união com o uno
uma memória de um momento
um quadro por pintar
na minha mente
um desejo de saltar para o infinito
é tudo o que resta desta experiência
levanto-me e ando
de mãos nos bolsos
sem olhar para trás
e sonho
acordado
e esboço um sorriso.
eu não.
vejo na cidade algo transcendente.
a noite
sentado
no topo de um monte
com vista para a cidade
uma noite de lua cheia
redonda
completa
perfeita
ca em baixo
as luzes da metrópole
pintam um dourado belo
nos altos prédio
que parecem bradar aos céus
e um desejo de pintar invade o meu ser
mas minhas mão não foram feitas
para segurar um pincel
mas sim a crude ferramenta de uma caneta
por isso escrevo
as luzes
da lua
emprestada
das lâmpadas
roubada
em união
(ou competição?)
por um lugar
no espaço discutido entre o céu e a terra
a cidade não dorme ainda
carros passam, pessoas movem-se
silenciosas
com medo de mim
que olho fixamente para a lua
e aquela paisagem melancólica
da qual eu sou fruto
profana união
cores de uma lua monocromática
calma de uma cidade intranquila
sons de uma lua silenciosa
e a luz das duas, numa mistura
qual palete de artista
de branco e amarelo
um quadro de mil tons
da mesma cor
e o negro do céu
estrelado
uma estrela por cada habitante
um reflexo uma da outra
uma na outra
como se uma fina película de água
as separasse
e elas tentassem recuperar o contacto
e tocar-se outra vez
em carinhosa união
transcendental
e eu
eixo de simetria
ali entre as duas
captando a luz dos dois espectros
nocturnos e citadinos
na beleza da noite
a cidade não é mais carnívora
mas uma besta amansada
que descansa
mais uma vez
mais uma noite
meus progenitores
apenas aqui
nestas luzes
neste santuário
me sinto em paz
em quieta admiração
e uma vaga melancolia
rezo a um deus inexistente
por uma união com o uno
uma memória de um momento
um quadro por pintar
na minha mente
um desejo de saltar para o infinito
é tudo o que resta desta experiência
levanto-me e ando
de mãos nos bolsos
sem olhar para trás
e sonho
acordado
e esboço um sorriso.
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