quarta-feira, janeiro 19, 2005

auto-comiseração

escrever
pela eternidade
o bater frenetico das teclas persegue-me
sempre
ainda ouço o seu barulho infernal na minha cabeça

à roda
o meu mundo gira sem qualquer eixo fixo
preso á sua propria natureza caótica
sufocantes sentimentos
viagem astral pela planície gelada da dor

fugir
fugir daqui
desta vida
de qualquer maneira
de qualquer modo
este tormento vivente
esta cruel incerteza
que é ter
o destinho certo
traçado
dor
lágrimas que tentam correr mas não caem
lágrimas que secaram para sempre
nos olhos de quem não consegue ver
mais que o seu proprio sofrimento
enterrado em auto-comiseração
o meu mundo roda
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