quinta-feira, janeiro 27, 2005

As trevas

no meio de tudas as trevas
nunca julguei encontrar alegria
mas o que verdadeiramente encontrei
foi algo mais que isso,
bem mais que isso
o que encontrei
foi o calor
o belo sorriso
os olhos que parecem reflectir a luz das estrelas

tudo
tu

vagueava sem rumo,
pelos corredores escuros
da minha mente torturada
e lá encontrei uma porta dourada
abri-a
o que vi
foi um jardim
belo como o éden
e fechei a porta a medo
de ser rejeitado

sentei-me a porta e chorei
lágrima de sangue
enquanto os anjos se divertiam
do outro lado
(podia ouvir o seu sorriso, as suas gargalhadas)
pensei em seguir em frente
abrir as milhares de portas do valhalla invertido
da minha mente
mas não
fiquei
abri a porta e contemplei novamente a beleza
e uma lágrima solitária escorreu pela face
alojando-se no lábio, ligeiramente torcido num sorriso
não mais demente

e se for rejeitado?
e se cair de graça?
e se me tornar, juntamente com estes anjos esvoaçantes
um ser caido?
será isso pior que o que era antes?
não...
porque não então entrar no jardim
falar com os anjos,
ver a sua luz
sentir o seu calor e ser feliz
mesmo que por breves fugazes momentos?
SIM!
a resposta é clara
entro...
e as trevas findam, os corredores iluminados
por uma luz recem descoberta
e as personagens escondem-se bem fundo
e eu
que julgava estar morto
eu que sou a voz dos rios e das fontes
renasço
provo dos frutos e sou feliz
a sério.


(tentei escrever algo que estivesse de acordo
com o que eu sinto mas é practicamente
impossivel exprimir a alegria que sinto com
semelhantes crudes palavras

isto não é pseudo, mas verdadeiramente
dedicado a ti obrigado por existires e
desculpa este sorriso estúpido que trago na
cara, cada vez que te vejo.

és das melhores coisas que já me aconteceu.)
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