terça-feira, janeiro 25, 2005

acordar

acordar
libertar-me deste torpor
que me invade, mesmo sem o querer
o corpo
e a alma

acordar
respirar bem fundo a luz da manha
saborear os ruidos matinais
olhar para o lado e ver-te lá

acordar
e desejar estar para sempre assim
naquela indolência estúpida
de quem não se quer mover

acordar
e tu estares lá
algures no mundo
ou aqui, ao pé de mim

sentir o teu corpo trémulo
a tua pele macia
que não me atrevo a tocar
com medo de acordar

e com esta visão de ti
fechar os olhos e dormir
com um sorriso estúpido na cara
de quem já não precisa de acordar
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