domingo, janeiro 01, 2006

planícies

na plainura verdejante
ergue-se
qual monólito
omnipresente
um vento quente
que arrasta atras de si
a violência de uma tempestade

a paz temporária
esse estado transiente
de felicidade suprema
passa inconscientemente
queimando a planície
derrubando as árvores

o que pode crescer nas cinzas do desejo?
no desejo de recordar uma memória futura?
espero que o monólito caia
que as águas de um mar profundo o consumam e corroam
ate restar um nada que tudo consome
pois mesmo as poeiras podem cegar

no entanto há que ter esperança
que a florestação verdejante
volte triunfante
à majestade da plainura
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