intensamente (in)humano
vede como nasce um novo sol
neste mundo caótico
de cépticos irreais
que acreditam para além deles
vede o caos erguer-se
aleatoriamente correcto
transcendendo o mundo
em espirais de colorações
que rodopiam
em brilhantes explosões
vede o monocromático futuro
descendo seu manto lentamente
acariciando-nos lascivamente
enquanto esperamos adormecer
para não sentir a violação
vede talvez as crianças mutiladas
as mães de seios secos que as alimentam de terra
e sede felizes
pois não sois vós
ali
acendei a luz
iluminai o caminho
ao fantasma de perdição
que caminha entre nós
dentro de nós
deixai-o libertar-se
sede livres também
orai a vossos deuses
(todos vossos deuses falsos e cruéis)
e enterrem-se na lama das vossas lágrimas
do vosso sangue em ensopa a terra
enquanto se mutilam
com orações e falsas esperanças
sede assim
no caos
humanos
e tremei
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