sábado, julho 16, 2005

a última musa

rogo-me a teus pés
o musa
de entre tantas
so tu nunca me abandonastes
apenas tu continuaste a brilhar
derramando tuas lágrimas prateadas
por este teu irresponsável
filho e amante

só tu...
quando todas as outras se calaram
quando a loucura se esbateu
quando a dor se tornou hábito
quando o amor se tornou nada
quando as perguntas se esfumaram num mar de incertezas
permaneceste

e eu
não te quis ouvir
não te ouvia a voz
que pranteava

ergo agora minha voz
embora fraca e embargada
por tua ausência prolongada
e escrevo
este miserável canto
a ti
que hás sempre de permanecer
retem agora tuas lágrimas e deixa-me abraçar
teus frios raios argentatos
deixa-me permanecer aqui sobre o teu brilho

minha musa
oh espelho lunar
perdoa-me e brilha
aí fora


(miraculosamente uma lágrima solitária não cai, coloco uma rosa negra e murcha na campa das minhas musas perdidas e, iluminadas por ti, a sua perda não me parece tão grande... já não caminho tao sozinho, mas continuo desamparado pela tua distância. Ergo uma mão para te alcançar mas tu ja não estás lá mas sim longe... mais longe que o alcance da minha voz ou da minha mão mas não do meu desejo.)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

nao sou a tua musca, mas gostava de estar ai quando quisesses tocá-la...

abraçavas-me a mim Joao?
tomavas conta de mim e deixavas que tomasse conta de ti?
Punhas-me a rir o dia inteiro e limpavas alguma lagrima que teimasse em s escapar?

Joao escreves muito bem.
Bioquimica sera msm o teu melhor caminho? :)

bjOs*********************************

2:21 da manhã  

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