quinta-feira, julho 07, 2005

título? tomai-o voçês

Movo-me
subrepticiamente
pelas sobras da noite

Ataco
violentamente
sem hipoteses de te defenderes

Morrer aos meus pés
garganta aberta
num sorriso que nunca deste
e sangras para mim
tu que nunca sofreste

e ao contemplar
minha escultura de carne aberta
não sinto vergonha
talvez uma agonia
não
talvez uma secreta algria
desta enorme ironia
que és tu

(e no fim
não consigo deixar de olhar
para tras
e o teu corpo desfeito perde-se no horizonte da vista
para se erguer em esplendor
no horizonte da memória)
Counters
elearning