quinta-feira, julho 07, 2005

mais uma noite

e procuramos
numa noite amiga
uma noite amante
e encontramos
nada
se não as cinzas
das fornalhas do nosso desejo

e existimos
como pequenos assassinos
roubando pequenas vidas
a pequenas pessoas
sob as estrelas

e somos
no silencio cacofónicos
nas palavras inertes
completamente distantes
de toda esta cena

e esperamos
pelo monento de revelação
em que o sol se ergue
e continuamos
assim
iguais
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